A beleza de nos comunicarmos bem com o outro traduz a beleza das relações humanas!
Somos seres de comunicação, afinal, sem ela não nos tornamos humanos e nem somos capazes de entender o mundo! Desde a nossa concepção vivemos em meio às mensagens que nos são enviadas e que captamos conforme a nossa percepção!
É pela comunicação que nos relacionamos e somos capazes de nos transformarmos ao longo da vida!
Vale lembrar que a comunicação é feita pelo envio e recepção de mensagens por meio dos signos.
As mensagens referem-se a informações ou emoções que queremos transmitir e os signos são estímulos que transmitem a mensagem, ou seja, são elementos representativos que ocupam o lugar de algo, seja um objeto, um sujeito, uma ação ou uma ideia.
Os signos são expressos por sinais ou símbolos, por exemplo, o sinal do Wi-fi que nos remete coletivamente à mensagem de que há rede de internet disponível, ou a logomarca de uma determinada empresa que, basta olharmos para a imagem, já nos lembramos da empresa, produto ou serviço e a experiência que isso causa em nós.
Quando temos um conjunto de signos, temos então um código. Por exemplo, o código de trânsito. Podemos também dar o exemplo do código comportamental: a forma como utilizamos nossas expressões faciais, corporais, a forma como fazemos uso do espaço, o tom de voz que entoamos… emitem mensagens que podem apontar para um comportamento acolhedor, educado, despojado, agressivo, dentre outros.
Os veículos para expressar as mensagens são diversos: palavras, gestos, expressões corporais e faciais, a distância que mantemos do outro, objetos, imagens, adornos… Por isso devemos estar atentos ao uso desses canais de comunicação para que a nossa comunicação seja de qualidade.
Silva (2003), nos lembra que um ponto muito importante é entender que entre o que eu pretendo transmitir (informação ou emoção) e o que o outro irá receber, através dos signos e códigos utilizados, pode haver uma distância ou um ruído, afinal a percepção individual de cada um é como um filtro. Recebemos as mensagens filtradas através das nossas lentes particulares. Somos um mundo a parte. Daí os grandes problemas de comunicação que encontramos.
Desenvolver a habilidade da empatia, entender que a comunicação é o caminho da compreensão e não da concordância e desenvolver habilidades que nos levem a esses comportamentos, são pontos chave para desenvolvermos as competências de uma comunicação de excelência.
Para qualificar nossa comunicação, podemos começar a entender os tipos de comunicação existentes (Silva, 2003):
Comunicação verbal: mensagens expressas a partir das palavras escritas ou faladas
Comunicação não-verbal: mensagens expressas sem o uso das palavras, é a linguagem que confirma, contradiz ou substitui a comunicação verbal e que expressa nossas emoções.
Comunicação fisiológica (para alguns autores está incluída na comunicação não-verbal): mensagens corporais que manifestam ocorrências no nosso corpo, por exemplo, a palidez, o rubor da face, a sudorese (suor), etc…
Aqui vale lembrar o que apenas 35% do significado social das interações humanas estão relacionados às palavras, já que somos seres multissensoriais que, às vezes, verbalizamos (Birdwhistell, 1970).
Aguarde nos próximos blogs, dicas de como qualificarmos nossa comunicação verbal e não-verbal!
Assista os vídeos no nosso Canal do Youtube @ENPRAXIS com a Profa. Dra. Maria Júlia Paes da Silva que nos apresenta dicas preciosas relacionadas à comunicação não-verbal.
Silva, MJP. Comunicação tem remédio. São Paulo: Loyola; 2003.
Birdwhistell, RL. Kinesis and context. Philadelphia: Pennsylvania Press; 1970.