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Rapidez no atendimento e diagnóstico, agilidade na coleta e análise de exames, cuidado na ministração de medicamentos e terapias, são todos pilares de um atendimento de emergência de excelência – e não pode ser diferente quando tratamos de Neutropenia Febril.

E o que é Neutropenia Febril?

Trata-se da presença de febre em pacientes neutropênicos, ou seja, pacientes cuja contagem de neutrófilos está baixa – uma complicação com risco de morte comum em pacientes que fazem tratamentos oncológicos.

Os neutrófilos são um tipo de leucócito (glóbulo branco) altamente eficazes na fagocitose que têm como principal função combater infecções causadas por bactérias e fungos. Quando comprometidos, o paciente fica à mercê de tais infecções.

Usualmente afligindo pacientes que utilizam da terapia contra o câncer, o tratamento da neutropenia febril requer agilidade e rapidez, uma vez que é considerada uma emergência oncológica. Daí vem o conceito da “Hora de Ouro”.

A “Hora de Ouro” se refere ao intervalo de tempo logo após a identificação da neutropenia febril no paciente, em que é crítico agir rapidamente para evitar complicações. Durante esse período é fundamental iniciar o tratamento com antibióticos de amplo espectro para combater as possíveis infecções que o paciente pode desenvolver. A eficácia e prontidão das ações tomadas neste momento são cruciais no desfecho do tratamento e recuperação do paciente.

Para evitar complicações graves, há uma janela de 3 horas entre o diagnóstico da febre e a ministração medicamentosa – é ideal que o tempo entre a admissão e o início do tratamento com antibióticos ou antifúngicos, com os exames necessários colhidos e prontos, não ultrapasse 90 minutos.

Dentre pacientes neutropênicos febris, principalmente crianças com leucemia mielóide aguda ou leucemia recidivada (câncer que retorna após ter estado em remissão), mais de 10% necessitam ser transferidos para uma UTI, quase 5% entram em sepse, e mais de 3% vão ao óbito.

Um estudo realizado em um hospital pediátrico no México, foi implantado um plano estratégico de educação continuada com duração de mais de 5 anos e dividido em 3 fases, no qual o objetivo era certificar que o tempo gasto entre o diagnóstico da neutropenia febril e o manejo medicamentoso fosse de 1 hora. Durante este período, a porcentagem de pacientes que receberam antibióticos dentro de 60 minutos aumentou de 50% para 88%, mostrando a importância da efetivação da educação permanente e a cultura do aprendizado na vida dos profissionais de saúde.

Não há tempo a ser perdido quando o assunto é Neutropenia Febril; a “Hora de Ouro” depende de um trabalho de urgência áurea, assim como a vida dos pacientes.

Referências: 

GONZALEZ, M. L. et al. The Golden Hour: Sustainability and Clinical Outcomes of Adequate Time to Antibiotic Administration in Children with Cancer and Febrile Neutropenia in Northwestern Mexico. JCO global oncology, v. 7, p. 659–670, 1 maio 2021. Acesso em 15 de agosto de 2024.

CENNAMO, F. et al. Update on Febrile Neutropenia in Pediatric Oncological Patients Undergoing Chemotherapy. Children, v. 8, n. 12, p. 1086, 25 nov. 2021. Acesso em 15 de agosto de 2024.

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