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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 6 milhões de bebês são salvos a cada ano graças ao aumento dos índices de aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida da criança.

Que o leite materno é a melhor fonte de nutrição para o bebê é indiscutível, mas trabalhos científicos vêm mostrando, que a longo prazo, este simples ato tão instintivo em todas as espécies de mamíferos, também trará repercussões positivas na saúde deste ser humano.

Os benefícios vão desde proteção e promoção da saúde bucal da criança, promovendo também proteção contra o desenvolvimento de alergias, infecções, fortalecendo do sistema imunológico, o desenvolvimento do sistema cognitivo tendo influência sobre inteligência e o QI, chegando até a atuar na prevenção de diabetes, obesidade e outros fatores cardiovasculares. (Carvalho e Passos, 2021).

Apesar de todos os benefícios citados, os índices de aleitamento materno no Brasil estão muito aquém do que preconiza a OMS. Por que será que o desmame precoce acontece? Será que a mulher moderna não quer mais amamentar seus filhos?

Tem um ditado popular que diz: “quando uma criança nasce, nasce também uma mãe.” Será que isso é verdade?

Eu mesma já falei de instintos nesse texto, mas algo precisa ser falado, gritado e discutido:

  • Amamentar não é fácil para todas as mulheres!
  • A mulher não nasce sabendo como cuidar de um bebê!
  • Muitas têm rachaduras e lesões nos mamilos e sentem dor ao amamentar!
  • Existem muitas influências negativas sobre essa mulher!
  • Os mitos sobre o aleitamento causam muitos desmames desnecessários!
  • As expectativas sociais causam muita dor emocional a esta mulher!

Eu poderia trazer uma lista imensa de coisa que contribuem para o desmame precoce, mas já é o suficiente para iniciar uma discussão.

Rocci e Quintella (2014), trazem em sua pesquisa que a maioria das mulheres querem muito amamentar, mas 70% da sua amostra disposta saiu do hospital, após o parto, com dificuldade na pega do bebê à mama da mulher.

O apoio profissional, da enfermagem principalmente, é indispensável neste momento tão crucial para a manutenção do aleitamento materno, porém nem todas as mulheres têm acesso a este tipo de auxílio.

A frustração da dificuldade, somada ao medo pelo bebê, acabam levando esta família a buscar alternativas ao aleitamento, tais como, fórmulas, chás entre outros alimentos.

As fórmulas lácteas são maravilhosas, porém apenas quando são necessárias. Quando utilizadas indiscriminadamente, diminuem chances potenciais desse bebê, prometendo ser um substituto igualmente eficaz.

Apoiar a mulher no aleitamento materno é um dever da família e da sociedade, porém com instrumentos certos.

Assista no nosso canal do YouTube (@ENPRAXIS), no “Café com ENPRAXERS” nossa conversa sobre aleitamento materno.

Carvalho, LMN, Passos, SG. Os benefícios do aleitamento materno para a saúde da criança: uma revisão integrativa. Rev Col Científica. Ano V, Vol. V, n.9, jan.-jun., 2021.

Rocci, EF, Quintella, RA. Dificuldades no aleitamento materno e influência no desmame precoce. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2014, v. 67, n. 1 [Acessado 5 Agosto 2021] , pp. 22-27. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/0034-7167.20140002>. ISSN 1984-0446. https://doi.org/10.5935/0034-7167.20140002.

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