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Força de Trabalho em Saúde – elemento chave de transformação!

O trabalhador é essencial para a efetividade e eficiência do sistema de saúde. Ele é um agente transformador do seu ambiente de trabalho.

Entretanto, dentre os sintomas dos novos tempos que estamos vivendo, deparamo-nos com número insuficiente de trabalhadores, alta rotatividade e absenteísmo desses profissionais, bem como excesso de atividades que consomem o tempo.

O tempo investido em tarefas cronofágicas, ou seja, tarefas que consomem o tempo precioso de trabalho efetivo, não é contabilizado no dimensionamento de pessoal.

A informatização dos processos, a exemplo do uso de recursos digitais para registro do cuidado prestado, pode ser considerada positiva na perspectiva financeira e, também, pelos benefícios que agrega aos profissionais e gestores na agilização e precisão das informações. Porém, muitas vezes, os profissionais percebem essa mudança como um “roubo administrativo do trabalho”.

Na prática, em uma instituição na qual os trabalhadores de enfermagem passam por uma transição do registro escrito para o registro digital do cuidado, o tempo dispensado em aprender o novo processo, nem sempre é considerado como carga de trabalho.

Muitas vezes, encontramos esses profissionais realizando anotações em papel para posterior transcrição em recurso digital, consumindo mais tempo, ao invés de otimizá-lo. Isso pode levar à desmotivação, fadiga e maior probabilidade de erros em suas ações, além de atrasar o processo de mudança de paradigma proposto.

Outro aspecto importante a ser considerado é que, apesar dos aspectos objetivos que impactam a realização do trabalho, tais como o quantitativo da força de trabalho, infraestrutura material e tecnológica disponível, a atividade humana está sempre sujeita a decisões pessoais, já que os sujeitos são os que realmente decidem suas ações com base em  seus valores e metas pessoais, para além das metas institucionais e diretrizes colocadas.

Portanto, a dimensão das atitudes das pessoas é um elemento chave de transformação em qualquer processo de gestão de pessoas. A gestão participativa que inclui, verdadeiramente, a força de trabalho nos processos decisórios e estratégicos, é a que mais se aproxima de uma possibilidade real de realizar as transformações necessárias para o alcance da segurança do paciente e da qualidade em saúde.

Um estudo evidencia como articulações no nível macro dos sistemas de saúde impactam em maior eficiência, a partir da introdução de novas modalidades de gestão, levando a impedir que o trabalho no micro sistema seja simplesmente um ato técnico que não considera as particularidades do ato de cuidar.

Em nosso país temos o exemplo da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) que nos apresenta uma rica ferramenta de gestão participativa para transformar os cenários de atenção à saúde.

Traduzir essa política em uma prática possível é um caminho rico de possibilidades!

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A ENPRAXIS acredita na potência da EPS na transformação das realidades.

Vem com a gente!

Machado MH, Ximenes Neto FRG. Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde no SUS: trinta anos de avanços e desafios. Ciência & Saúde Coletiva. 2018; 23(6):1971-1980.

Scherer MDA et al. Desafios para o trabalho em saúde: um estudo comparado de Hospitais Universitários na Argélia, Brasil e França. Ciência & Saúde Coletiva. 2018; 23(7):2265-2276.

Braga Neto FC, Barbosa PR, Santos IS, Oliveira CMF. Atenção hospitalar: evolução histórica e tendências. In: Giovanella L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI, organizadores. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2013. p. 577-633

Schwartz Y, Durrive L. Trabalho & Ergologia: conversas sobre a atividade humana. Niterói, EdUFF; 2007.

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