fbpx Skip to main content

#healthtech

#qualificaçãoprofissional

#modernidadelíquda

#quartarevoluçãoindustrial

Pois bem, a transformação global atual traz para nós um novo tempo: a modernidade líquida. Neste novo tempo, Bauman nos mostra que estamos mergulhados em um formato de vida semelhante a um “menu de opções” e cada um é o protagonista do seu script.

Isso traz uma crescente responsabilidade atribuída aos indivíduos.

Estado, instituições financeiras e empresariais tornam-se cada vez mais ausentes para atuar na parte que lhes compete na missão de alcançar o estágio de humanidade plena.

Assim, transitamos em uma sociedade líquida, instável, individualizada e imprevisível!

Schwab nos aponta para esse novo tempo, chamado por ele de a quarta revolução industrial que traz profundas mudanças nas estruturas sociais e econômicas, com grandes marcos disruptivos, tais como os da área da saúde:

    • Bioimpressão tridimensional;
    • O sequenciamento de um genoma em poucas horas por menos de mil dólares;
    • Possibilidade de criar organismos personalizados a partir da escrita do seu DNA;
    • Testes de variações genéticas específicas que geram doenças e características particulares;
    • Aumento ao acesso de dados capaz de elevar a precisão da medicina com a inteligência artificial.

No mundo do trabalho em saúde essas rupturas já nos apresentam as novas realidades de trabalho, acentuadas ainda mais pela presença do SARS-Cov-2 em nosso meio, nos obrigando a mergulhar de vez no mundo digital e conviver com as novas tecnologias que surgem a cada instante.

Mudanças estruturais na humanidade, impactam diretamente a vida no trabalho e exigem profissionais cada vez mais qualificados para encontrarem espaço nesse novo universo de possibilidades.

E o que é qualificação?

Um dos conceitos difundidos nos diz que é uma apropriação criadora, na qual os trabalhadores se qualificam no e a partir do trabalho.

E agora?

Diante desse desafio de qualificação profissional para o novo mundo do trabalho em saúde, como realizar uma qualificação realmente capaz transformar a nossa atuação em algo que equilibra o natural e o tecnológico, a distância e a necessidade da presença, a existência de novas tecnologias e o desafio da justa distribuição de acesso?

Um caminho possível é incorporar cada vez mais a lógica da Educação Permanente em Saúde!

Essa lógica propõe o aprendizado no e a partir do dia a dia do trabalho, utilizando como estratégia os momentos de oxigenação para olhar e refletir o próprio trabalho e, aí então, descobrir as melhores possibilidades de superar cada desfio apresentado.

A Educação Permanente em Saúde é equivalente ao movimento do coração (ventrículo esquerdo):

Diástole: o coração relaxa e se enche de sangue oxigenado!

Sístole: o coração contrai e envia sangue oxigenado para todas as células do corpo!

Sístole + Diástole = Vida!

Na Educação Permanente em Saúde é assim:

Diástole: saio da cena do trabalho e olho para ela, me encho do oxigênio da reflexão, do compartilhamento, dos questionamentos, da busca e do encontro das melhores opções de caminhos de transformação e qualificação. Vivo isso intensamente!

Sístole: após o momento de oxigenação, com reflexões realizadas, discussões, estudo e planejamento de novas ações, volto para a cena do ato do cuidado, para o dia a dia do trabalho, mas agora de um jeito diferente, consciente e, talvez, até menos angustiado, apesar do caos que pode ainda estar presente no contexto. Sou capaz de dar vida ao cuidado!

Não posso viver só de sístole, nem só de diástole – necessito do movimento harmônico e constante!

Posso até sobreviver a algumas arritmias, alguns descompassos entre esses dois tempos, mas não posso seguir vivo sem o oxigênio!

Sístole constante sem momentos de oxigenação gera trabalho morto!

Diástole constante, sem momentos de entrega do oxigênio recebido, gera desperdício, ausência de ação – trabalho morto também.

O trabalho morto é o trabalho sem consciência! Trabalho mecânico! Como uma linha de produção em uma fábrica! Até cumpro os protocolos institucionais, mas nem me atento para as respostas do paciente, faço tudo de forma robotizada ou indiferente. A morte do sorriso, da competência, da sensibilidade… é certa!

O trabalho vivo, oxigenado e distribuído, é práxis! Ação criativa e consciente! Sei porque estou ali! Cuido por inteiro, busco os melhores caminhos e levo a excelência do cuidado em minhas mãos.

Baixe gratuitamente nosso E-book: Educação Permanente em Saúde – um Guia prático. Basta clicar no link: https://lp.enpraxis.com.br/e-book-educacao-permanente-saude/

A ENPRAXIS acredita na excelência do cuidado!

Acredita no trabalho vivo em saúde!

Acredita na práxis de enfermagem para transformar o cuidado para esses novos tempos!

Referências

BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BORGES-ANDRADE, J.E.; ABBAD, G.S.; MOURÃO, L.  e col. Treinamento, desenvolvimento e educação em organizações e trabalho: fundamentos para gestão de pessoas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

LUIS, M. A. V. A saúde mental dos indivíduos na atualidade. Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. V. 13, n. 1, p.1-3, 2017.

MERHY, E.E.; FRANCO, T.B. Trabalho em saúde, p.427-432. Apud PEREIRA, I.B.; LIMA, J.C.F. (org). Dicionário da educação profissional em saúde – Rio de Janeiro: EPSJV, 2008.

SCHWAB, K. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2016.

ZINN, G.R. Educação Permanente em Saúde: de diretriz política a uma prática possível. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. 147p, 2015.

2 Comments

Leave a Reply

Close Menu