O erro de medicação é definido como um evento evitável induzido pelo uso inapropriado do medicamento e com grande potencial para prejudicar a saúde do paciente.
Cabe lembrar que a terapia medicamentosa é uma das principais intervenções realizadas no cuidado prestado pela enfermagem ao paciente nos serviços de saúde.
O que leva ao erro na realização da medicação?
A resposta dessa pergunta não é simples, uma vez que esse erro está relacionado a um conjunto de circunstâncias e práticas que geram fatores de risco para a ocorrência de erros.
Esses eventos podem estar relacionados desde:
- Cadeia de distribuição: dispensação, distribuição, monitoramento e uso de medicamentos;
- Problemas de comunicação entre os profissionais, incluindo a prescrição;
- Insumos utilizados no preparo e na administração: características dos rótulos, embalagem, nomenclatura;
- Composição dos fármacos.
O sistema de medicação é composto por diversas etapas complexas e abrangem vários profissionais que executam funções interdependentes, incluindo a equipe médica e farmacêutica. Porém, o preparo, a administração e o monitoramento são de inteira responsabilidade da equipe de enfermagem.
Embora os erros estejam sabidamente ligados a um conjunto de fatores, geralmente são equivocadamente atribuídos apenas aos profissionais de enfermagem.
Modelos de gestão que prezam pela medicação segura devem intervir em todas as etapas e abordar todas as equipes interprofissionais. É essencial entender que a enfermagem é a última barreira de proteção ao paciente contra o erro de medicação.
Essa responsabilidade é extremamente importante, uma vez que a excelência no cuidado de enfermagem minimiza os fatores de risco e passa a ser o porto seguro para segurança do paciente.